Disney faz a festa enquanto Warner é repreendida
Também no resumo da semana: Homem-Aranha, Ava DuVernay, Alien, Neill Blomkamp, Arnaud Desplechin, Anya Taylor-Joy, Meryl Streep, Oscar 2021 e mais.
por Renato Silveira (@silveirarenato)
Insatisfação e repúdio por parte de cineastas marcaram a semana seguinte ao anúncio da Warner de que lançará todos os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e no serviço de streaming HBO Max.
Quem puxou o coro foi justamente Christopher Nolan: depois de apoiar o estúdio no lançamento de “Tenet” durante a pandemia, resultando em um fracasso de bilheteria, o diretor fez críticas duras à decisão da Warner. “Alguns dos maiores cineastas e estrelas de cinema mais importantes de nossa indústria foram para a cama na noite anterior pensando que estavam trabalhando para um grande estúdio de cinema e acordaram para descobrir que estavam trabalhando para o pior serviço de streaming”, declarou, na segunda-feira. (The Hollywood Reporter)
Quatro dias depois, Nolan voltou a atacar a Warner, que pertence ao grupo AT&T, dizendo que o estúdio está desvalorizando bilhões em ativos cinematográficos para usá-los “como alavanca para uma estratégia de negócios sem primeiro descobrir como essas novas estruturas terão de funcionar. É um sinal de grande perigo para as pessoas comuns que trabalham nesta indústria.” (Variety)
Denis Villeneuve, diretor de “Duna”, um dos blockbusters afetados pela medida da Warner, também não poupou o estúdio. Em um manifesto publicado na Variety, ele afirma que “a AT&T sequestrou um dos estúdios mais respeitáveis e importantes da história do cinema. Não há absolutamente nenhum amor pelo cinema [nessa decisão], nem pelo público. É tudo sobre a sobrevivência de um mamute das telecomunicações, que atualmente tem uma dívida astronômica de mais de 150 bilhões de dólares”.
Fazendo uma contundente defesa da experiência da sala de cinema, Villeneuve diz ainda que “Duna”, inicialmente previsto para estrear no próximo 17 de dezembro, teve o lançamento adiado em quase um ano justamente para poder ser visto quando as vacinas já estiverem disponíveis. Ele acrescenta que o filme não terá a chance de ter uma boa arrecadação para viabilizar a franquia que ele planejava e que “a pirataria acabará por triunfar”. (Variety)
Ao que tudo indica, a decisão da Warner foi unilateral e os realizadores não foram consultados, além de os valores compensatórios oferecidos a eles serem desiguais em relação ao que receberiam das bilheterias. O DGA, sindicato que representa os diretores, também se manifestou negativamente através de uma carta em que classifica a estratégia da Warner como “inaceitável”. (Deadline, New York Times)
E a briga pode render ainda mais dor de cabeça a Warner na Justiça: a Legendary Pictures, que produziu e financiou a maior parte dos orçamentos de “Duna” e “Godzilla vs. Kong”, promete processar o estúdio. Além de ser prejudicada por possivelmente receber bem menos do que deveria das bilheterias, a Legendary acusa a Warner de impedir negociações com outras plataformas de streaming, como a Netflix, que chegaram a fazer ofertas pelos direitos de distribuição online dos filmes. (Deadline)
Pois é, muitos negócios e pouco cinema em pauta neste final de ano, não é mesmo? E a noite da última quinta-feira, 10 de dezembro de 2020, ainda teve um ar de distopia corporativa, tal qual já vimos nas animações “WALL-E” e “Wi-Fi Ralph”. Era o evento “Disney Investors Day”. Como o próprio nome indica, tratou-se de uma conferência realizada pela Disney para apresentar a investidores o que a companhia prepara para alimentar seu catálogo de filmes e séries nos próximos anos. Mas o que se pensava ser um evento para pessoas de terno e gravata, com mil planilhas e relatórios, transformou-se em algo mais próximo da San Diego Comic-Con.
Fãs de Star Wars, Marvel, Pixar e da própria Disney não se decepcionaram: o estúdio foi às redes sociais e revelou, em tempo real, dezenas e dezenas de novos títulos para cada uma de suas marcas. O tsunami de anúncios foi algo nunca presenciado nem mesmo na própria Comic-Con (que este ano aconteceu apenas em versão reduzida e online devido à pandemia).
Como era de se esperar, a maioria absoluta dos produtos filmes e séries anunciados são para o Disney+ e são continuações ou reboots de histórias e personagens que já conhecemos. A seguir, vou listar, bem resumidamente, tudo que foi divulgado. Mas antes, algumas ponderações:
1) Se a Disney largasse os cinemas e ficasse só no streaming, não seria uma má notícia, pois os cinemas deixariam de ser monopólio do estúdio. Mas, muita ênfase no "se". Porque uma vez que os cinemas voltarem a dar lucro, a Disney correrá rápido de volta para eles. Não tenham dúvidas.
2) O fuzuê todo do “Dia do Investidor” serviu para demarcar território no streaming, que é a bola da vez por causa da pandemia. A briga da Disney é com a Netflix. E a Warner está pirada atrás das duas porque a HBO Max flopou. O anúncio do estúdio da semana passada, de que lançará todos os seus filmes de 2021 no cinema e no streaming, é muito por causa desse desespero.
3) Vale notar que os próximos filmes da Marvel (incluindo "Viúva Negra", com lançamento em abril de 2021), Pixar (exceto "Soul", já confirmado para o Disney+ agora no Natal) e Star Wars não foram anunciados com estreia simultânea no streaming. Ou seja: para a Disney, os cinemas ainda são prioridade para esses filmes-eventos, confirmando a tendência que vinha sendo ventilada desde a quebra da janela de distribuição pela Universal Pictures em agosto. Além disso, a reação negativa sofrida pela Warner/HBO Max no meio cinematográfico, como vimos acima, pode ter feito os executivos da Disney voltarem atrás em algumas decisões. O único filme que anunciaram com lançamento simultâneo nos cinemas e no streaming foi a animação “Raya e o Último Dragão”, prevista para março de 2021, e mesmo assim cobrando um valor extra, como aconteceu com “Mulan”.
Bom, vamos à enxurrada de projetos. Com relação a Star Wars, a principal novidade é que a Lucasfilm anunciou um novo filme com Patty Jenkins (“Mulher-Maravilha”) na direção: “Rogue Squadron” está previsto para o Natal de 2023, nos cinemas. Será o primeiro longa da franquia dirigido por uma mulher. Veja o teaser que Jenkins divulgou para anunciaro projeto com direito a X-Wing e tudo. O enredo não foi divulgado, então, tudo que podemos esperar é um filme de ação e combate espacial, aparentemente ambientado no período do Império (entre a trilogia prequel e a trilogia clássica).
Para o Disney+, Star Wars terá muito mais séries do que se cogitava. Além de “Obi-Wan Kenobi” (com direito ao inesperado retorno de Hayden Christensen como Darth Vader para enfrentar Ewan McGregor) e “Andor” (que será sobre a origem do personagem de Diego Luna em “Rogue One”), a Lucasfilm anunciou uma série para a (ex-)Jedi Ahsoka (sendo interpretada novamente por Rosario Dawson, assim como em “The Mandalorian”), outra para Lando Calrissian (com o criador da série “Dear White People”, Justin Simien) e uma chamada “Rangers of the New Republic”, que não teve detalhes especificados (e será produzida por Jon Favreau e Dave Filoni, de “The Mandalorian”).
Haverá também “The Acolyte”, uma série situada no período da Alta República, bem antes da trilogia prequel, e que irá explorar a ascensão do Lado Sombrio. Esta terá Leslye Headland, criadora de “Boneca Russa”, na produção. No campo da animação, o Disney+ receberá “Star Wars: Visions”, com curtas no estilo animê, “A Droid Story”, um longa de animação com C-3PO e R2-D2, e “The Bad Batch”, protagonizada por um grupo de Troopers renegados.
Também vindo da Lucasfilm: o quinto “Indiana Jones”, com produção executiva de Steven Spielberg, direção de James Mangold (“Ford vs. Ferrari”) e Harisson Ford se despedindo do papel em julho de 2022 (as filmagens começam no próximo semestre); e a série baseada no clássico dos anos 80 “Willow - Na Terra da Magia”, com Warwick Davis reprisando o protagonista para uma estreia também em 2022.
Da Marvel, veio o anúncio de um novo filme do Quarteto Fantástico, com direção de Jon Watts (dos novos filmes do Homem-Aranha). O estúdio também confirmou “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, com Jonathan Majors (“Lovecraft Country”) no papel de Kang, o Conquistador; “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, com o retorno de Rachel McAdams e ligação direta com a trama de “Homem-Aranha 3” (detalhes mais abaixo); e “Capitã Marvel 2”, com a inclusão de Iman Vellani como Ms. Marvel no elenco, reprisando seu papel da heroína adolescente da série ainda inédita. Sobre “Pantera Negra 2”, a Marvel confirmou que não irá escalar um novo ator para substituir Chadwick Boseman, mas não revelou qual personagem será protagonista.
A Marvel também terá várias novas séries além das já anunciadas “Loki”, “Falcão e o Soldado Invernal” e “Wandavision”. Aliás, as três ganharam trailers que indicam como elas seguirão os eventos de “Vingadores: Ultimato”. As novidades são “Invasão Secreta”, com Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Talos (Ben Mendelsohn) como personagens principais; “Armor Wars”, protagonizada por James Rhodes/Máquina de Guerra (Don Cheadle); “Ironheart”, que será uma versão feminina e mais poderosa do Homem de Ferro; e “I Am Groot”, uma série de curtas estrelados pelo Baby Groot e novos personagens. A Marvel também anunciou que Mark Ruffalo voltará a interpretar Bruce Banner na série “Mulher Hulk”, contracenando com Tatiana Maslany.
Agora, a Pixar: não teve “Toy Story 5”, mas teve "Lightyear", filme que contará a história do "Buzz Lightyear original", o astronauta “de verdade” que inspirou a criação do famoso brinquedo. O "Capitão América" Chris Evans dará voz ao protagonista. Outro novo filme da Pixar é "Turning Red", da diretora Domee Shi, que fez antes o curta "Bao". A história "coming of age", sobre os constrangimentos da adolescência, tem como protagonista uma garota que se transforma em um panda vermelho gigante quando fica muito empolgada. Os dois filmes estão previstos para 2022.
E claro que também há novas séries animadas para o Disney+. Estão no pacote spin-offs de “Carros”, “Zootopia” e “Operação Big Hero 6”, além de novas aventuras de Moana e Tiana (a protagonista de “A Princesa e o Sapo”). Sobrou até para Dug, o cachorro de “Up! Altas Aventuras”.
Por último, os novos filmes da Disney: um híbrido animação e live-action de “Tico e Teco”, continuações de “Abracadabra”, “Encantada” e “Mudança de Hábito” e novas produções live-action inspiradas em “Peter Pan e Wendy”, com direção de David Lowery e Jude Law como Capitão Gancho, e “Pinóquio”, com direção de Robert Zemeckis e Tom Hanks no papel de Gepetto. Todos esses títulos são, a princípio, exclusivos do Disney+ e não irão para os cinemas. A princípio! Como eu disse anteriormente, se as salas voltarem a ser atrativas quando esses filmes estiverem prontos, a Disney deverá reconsiderar os lançamentos na tela grande.
A Disney anunciou ainda planos de lançamento internacional da plataforma Star, mais voltada para o público adulto. Ela servirá para abrigar filmes clássicos da Fox, por exemplo, e não terá custo extra para assinantes do Disney+. No Brasil e outros países latinos, haverá ainda uma versão extra dessa plataforma, com conteúdo local e programas de esporte, variedades, entre outros. O lançamento será em junho de 2021.
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Capturas da nossa Parabólica
― O elenco do próximo filme do Homem-Aranha ganhou mais reforços vindos do passado da franquia. Não só Alfred Molina reprisará o papel do Dr. Octopus, de “Homem-Aranha 2”, como os dois Peter Parkers ― Tobey Maguire e Andrew Garfield ― e seus respectivos pares românticos ― Kirsten Dunst e Emma Stone ― aceitaram (ou estariam próximos de aceitar) viver mais uma vez seus papéis. A ideia, como já se sabe, é seguir o que foi feito na animação “Homem-Aranha no Aranhaverso”, mas agora integrando a trama com os eventos do Universo Marvel. O mandachuva da Marvel, Kevin Feige, confirmou que o roteiro do filme está muito ligado ao de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, que, curiosamente, será dirigido por Sam Raimi, da primeira trilogia do Homem-Aranha. Outros heróis podem dar as caras também, como o Demolidor, novamente vivido por Charlie Cox. (Collider, Comic Book Movie)
― A diretora e roteirista Ava DuVernay levará para a TV a heroína da DC Comics Naomi. Ainda não foram divulgadas mais informações sobre a série, como elenco e data de lançamento. A HQ recebeu indicação ao prêmio Eisner e mostra a jornada de uma adolescente negra que sai de sua pequena cidade rumo às fronteiras do multiverso. DuVernay também está ligada à direção de “The New Gods”, outro projeto da DC. (Mundo Negro)
― Uma série ambientada no universo “Alien” está sendo criada por Noah Hawley para o canal FX. O anúncio também foi feito durante o evento da Disney, que agora é dona da franquia. Hawley, das séries “Fargo” e “Legion”, escreverá e será o produtor executivo da série, ao lado de Ridley Scott. O único detalhe divulgado sobre a trama é que seráa primeira história da franquia ambientada na Terra. (Variety)
― O diretor de “Distrito 9” e “Elysium”, Neill Blomkamp, está finalizando um filme de terror sobrenatural que ele rodou secretamente durante a pandemia nas florestas do Canadá. Não se sabe muito sobre o projeto, a não ser que o cineasta escalou um elenco predominantemente canadense e disse estar usando elementos de ficção científica que sempre gostou de incluir em seus filmes. O longa ainda não tem título, nem previsão de lançamento. (The Playlist)
― Outro que trabalhou em segredo é o francês Arnaud Desplechin (“Reis e Rainha”). Ele dirigiu Léa Seydoux (“Azul é a Cor Mais Quente”) em “Deception”, uma adaptação do romance de mesmo nome escrito por Philip Roth. Quase biográfico, o livro acompanha uma série de encontros de um romancista com mulheres que fizeram parte de sua vida e outras que ele inventou como personagens. As filmagens aconteceram em setembro e o diretor trabalha agora na pós-produção. (Cineuropa)
― Seguindo o sucesso da minissérie “O Gambito da Rainha”, Anya Taylor-Joy voltará a trabalhar com o diretor Scott Frank, mas agora em um filme: uma adaptação do livro “Laughter in the Dark”, de Vladimir Nabokov. A trama de suspense acompanha um crítico de arte que fica obcecado por uma atriz. Segundo Frank, a ideia é fazer o projeto como “um filme noir e um filme dentro do filme”. O diretor também está trabalhando em uma nova série sobre o detetive particular Sam Spade, imortalizado no cinema por Humphrey Bogart. Ele escalou Clive Owen para assumir o papel. (Total Film, Ronin)
― Meryl Streep será presidente dos Estados Unidos em “Don't Look Up”, próximo filme de Adam McKay (“A Grande Aposta”, “Vice”). É uma nova sátira política do diretor e roteirista, agora envolvendo uma ameaça iminente à Terra envolvendo a queda de um asteróide. A atriz descreveu o roteiro como uma “versão para 2020 de ‘Dr. Estranho’, uma metáfora para o aquecimento global”. Streep estará ao lado de um elenco impressionante que já contava com Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Jonah Hill, Timothee Chalamet, Matthew Perry, Himesh Patel, Tyler Perry, Ron Perlman e até a cantora pop Ariana Grande. (The Hollywood Reporter)
― Jamie Bell e Margaret Qualley irão interpretar o lendário par de dança Fred Astaire e Ginger Rogers na cinebiografia “Fred & Ginger”, da Amazon Studios. Jonathan Entwistle (“The End of the F***ing World”) será o diretor, enquanto Arash Amel (“Uma Guerra Pessoal”) assina o roteiro do romance musical que mostrará a vida do casal na frente e longe das câmeras, entre as década de 1930 e 1940. (Variety)
― Ben Affleck está em negociações com a Amazon para estrelar o próximo filme dirigido por George Clooney, “The Tender Bar”. Pode ser a primeira colaboração direta entre os dois vencedores do Oscar, que antes dividiram apenas o crédito de produção em “Argo”. O novo longa é baseado nas memórias do escritor e jornalista J.R. Moehringer. Clooney dirigiu e estrelou “O Céu da Meia-Noite”, filme que estreia na Netflix no próximo dia 23. (The Wrap)
― O cineasta Steven Soderbergh será um dos responsáveis pela cerimônia do Oscar 2021. O diretor de “Contágio” irá trabalhar ao lado dos experientes produtores Jesse Collins e Stacey Sher para definir o visual e a dinâmica da premiação, programada para acontecer em 25 de abril presencialmente. (Empire)
― A Ancine adiou a decisão sobre a fixação da cota de tela para 2021. O órgão justificou que é necessário observar o comportamento do setor entre janeiro e março de 2021, diante da pandemia, para então definir os parâmetros da quantidade obrigatória de dias em que os cinemas terão que exibir filmes brasileiros. A Ancine também decidiu suspender inscrições e saldos de chamadas públicas referentes aos últimos quatro anos. Essa medida anula compromissos financeiros firmados pela agência com produtores nacionais. Um grupo de deputados na Câmara já se mobiliza para anular os atos da agência. (Folha)
― Um grupo de artistas reivindicou a autoria dos misteriosos monolitos que apareceram e desapareceram da noite para o dia nos EUA e na Romênia. Tudo parece não ter passado mesmo de uma elaborada brincadeira, além de um belo golpe de marketing: os autores estão vendendo os objetos por nada menos que 45 mil dólares. (NerdBunker)
In Memoriam
O cineasta sul-coreano Kim Ki-duk morreu nessa sexta-feira, 11 de dezembro, aos 59 anos, vítima da Covid-19. Premiado em Cannes, Berlim e Veneza, ele dirigiu filmes como "Caza Vazia", "A Ilha", "Pieta", "Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera" e "Time - O Amor Contra a Passagem do Tempo". Diretor de altos e baixos, mas sempre com uma direção sensível e roteiros com tramas intrigantes e filosóficas, Kim Ki-duk lançava praticamente um novo longa por ano, às vezes até mais. Seu último trabalho foi o drama “Din” (ou “Dissolve”, no título em inglês), exibido em Cannes em 2019 e ainda inédito no Brasil.
É isso. Até a próxima edição!
Forte abraço e cuide-se,
Renato Silveira
Editor-chefe do Cinematório